Essas mãos não têm fim... Onde é que elas vão depois de mim? Amor é a tua vez agora E que o álcool leve a timidez embora E entre os dedos da mão esquerda agarro o mundo ou um cigarro E entre os medos na cabeça eu guardo o fundo ou a cidade à falta de pais temos as ruas em Lisboa Vou-me despindo dos O L V S sob uma lua que nos magoa Os punhos adornados… corpos onde eu tropeço E há o sangue que é roubado como é o ouro que preenche o meu esqueleto E tu vens-te e vais-te embora Vais e bates a porta e nunca me dás aquilo que eu rezo E quando não mos contas onde é que guardas os segredos? E quando não me tocas onde é que tu guardas os dedos? Essas mãos não têm fim... Onde é que elas vão depois de mim? Amor é a tua vez agora E que a droga leve a timidez embora E eu bebo aquilo que houver… acho as tuas palavras
Estas noites habituaram-me a embebedar-me com falácias Dizem que as putas baratas sentem tudo em demasia E que na cidade das acácias há magia (tenho) as mãos em sangue de amar-te - tocar-te é quase vida E que a dor que tu me trazes se transforme em arte um dia E eu chego tarde... as veias são apenas pedras Não existem maneiras de viver sem ser em guerra Lisboa ensinou-nos a decorar-nos com miséria E a encontrar beleza entre a maldade e a tristeza és uma fera que insiste em dançar para se esconder E há maneiras de chorar que são difíceis de entender E quando não mos contas onde é que guardas os segredos? E quando não me tocas onde é que tu guardas os dedos? Essas mãos não têm fim... Onde é que elas vão depois de mim?