O que o Sado sabe? em mim aquilo que no fado cabe
Sentado no trono à beira do tombo à espera só que a idade pa**e
Conta-me as coisas que na gruta há, bombas sobre Calcutá...
Aprende a cair e a voar, não queiras o mundo inteiro para já
Danças ao som de canções tão vazias - eu já não
Efémeros dias, aquilo que crias, noites vazias que pa**am
Doce confusão, loucura na tua prisão
Feita de pele, quão belo é o fel que deixa o meu sangue em ebulição?
Larga-me o corpo e foge de mim...
Lisboa não chega para nós, neve no chão, pa**a o Inverno em Berlim
Perde a razão, larga-me o corpo e foge de mim
Tudo entre nós é um fim, tudo entre nós é um fim, entre nós é um fim...
Fim. fim de ti é o fim da estrada
Pés de ballet, entre cidades em pé, balançam no fio da navalha
Notas em ré que soltas do tórax em plena batalha
Um corpo inteiro de fé, flores que nascem da tua carcaça
Violetas violentas, come a minha dor e os planetas
Alinham-se em vénia às setas que cobrem o sol, a vida e a terra
Festas sangrentas, que crenças em bestas são tuas?
Neons vermelhos de sangue banham a cama em que te sentas nua
Larga-me o corpo e foge de mim...
Lisboa não chega para nós, neve no chão, pa**a o Inverno em Berlim
Perde a razão, larga-me o corpo e foge de mim
Tudo entre nós é um fim, tudo entre nós é um fim, entre nós é um fim...
Fim. intervalos de música, tu cais tão lúcida...
Corpos na cama, espaços em branco sob a tua túnica
Intervalo do canto, do pranto que eu solto
Fim do meu corpo, fim do sufoco. espaço, intervalo e eu morro
Larga-me o corpo e foge de mim...
Lisboa não chega para nós, neve no chão, pa**a o Inverno em Berlim
Perde a razão, larga-me o corpo e foge de mim
Tudo entre nós é um fim, tudo entre nós é um fim, entre nós é um fim...