Minha vida nesta cela é olhar pela janela, e esperar
No Domingo lá vem ela caminhando sempre bela, me consolar
Traz noticia da cidade onde explica essa verdade, eu lhe perdi
Foi um crime sem motivos dois ou três aperitivos, eu estou aqui
Aqueles olhos verdes, me trouxeram pra cá
Mas alguma esperança, vai me libertar
Tinha tudo que sonhava a morena se guardava, só para mim
Tinha belos companheiros com defeitos pra terceiros, mas não pra mim
Todo sábado cerveja peixe frito na bandeja, e aipim
Depois banho e barba feita a gravata a mãe ajeita, e ela enfim
Na carteira de um qualquer eu vi a foto da mulher, minha paixão
Tinha data bem recente falava de um beijo ardente, perdi a razão
De repente uma cegueira com o ódio na peixeira, eu ataquei
Ninguém mais me segurava o ciúme comandava, e eu matei
De repente escuto um grito meu amor de olhar aflito, na multidão
Foi caindo de joelhos me gritou de olhos vermelhos: - "é meu irmão!"
Minha vida nesta cela é olhar pela janela, e esperar
A visita da esperança que nasceu com uma criança, me perdoar