Fiz ranger as folhas de jornal
Abrindo-lhes as pálpebras piscantes
E logo
De cada fronteira distante
Subiu um cheiro de pólvora
Perseguindo-me até em casa
Nestes últimos vinte anos
Nada de novo há
No rugir das tempestades
Não estamos alegres
É certo
Mas também por que razão
Haveríamos de ficar tristes?
O mar da história
É agitado
As ameaças
E as guerras
Havemos de atravessá-las
Rompê-las ao meio
Cortando-as
Como uma quilha corta
As ondas