De longe se vê sua imagem
Sua tatuagem, seu jeito de andar
Olhar de menina, corpo de mulher
Pros homens um vício qualquer
Sem eira nem beira de qualquer maneira
Se esconde entre brincos, colares e anéis
Escrava da sorte de esquinas cruéis
Conhece os normais e os doentes
De tão diferentes parecem iguais
Pois pagam seu preço, desfrutam seu corpo
Confundem prazer com amor
No seu dia-a-dia, a mesma agonia
Vender pra ganhar, pra chorar, pra sofrer
Contrariando a vida, pra aos poucos morrer
Você tem um preço mais alto
E Deus lá do alto um dia já pagou
Desceu de sua glória, morreu numa cruz
Pra levar de uma vez suas lágrimas
O amor mais sincero, a paz sem limites
E em meio às tristezas, promessas fiéis
É Cristo em sua vida quebrando os cordéis
Pra te dar vida livre de esquinas cruéis
Vem arrependida viver a seus pés