Quando por fim amanhece
E Lisbosa se desperta
É que os teus olhos perfeitos
Batem às janela** dos meus
Os dedos finos ainda não voltaram
E como o fado está à minha espera
Uso as metáforas do povo
E deixo a ternura rimar
Permaneço por isso distante
Longe de ti, longe dos maus
Bem perto do coração do vento
De toda a alegria da minha canção
Sim, porque no Tejo de todos
E nos lábios dos amantes
Navega um barco do pensamento
Feito em fogo, desfeito em luz