Quem quer que sejas, vem a mim apenas De noite, quando as rosas adormecem! Vem quando a treva alonga as mãos morenas E quando as aves de voar se esquecem. Vem a mim quando, até nos pesadelos, O amor tenha a beleza da mentira. Vem quando o vento acorda em meus cabelos, Como em folhagem que, ávida, respira... Vem como a sombra, quando a estrada é nua, Num risco de asa, vem, serenamente!
Como as estrelas, quando não há lua Ou como os peixes, quando não há gente! Quem quer que sejas, vem a mim apenas De noite, quando as rosas adormecem! Vem quando a treva alonga as mãos morenas E quando as aves de voar se esquecem. Quem quer que sejas, vem a mim apenas De noite, quando as rosas adormecem! Vem quando a treva alonga as mãos morenas E quando as aves de voar se esquecem.