[Verso 1] Isso é um beat vazio com um MC chei de letra É um trap, é um rap, com chumbo na caneta Marreta, guindaste, cruz, tonelada Ou qualquer outra palavra pesada (pesada) Réu confesso, rap adicto, convicto 5 disco, invicto, não MC eucalipto Que cresce rápido mas só empobrece nossa terra Em 3 ano já era (bruuuum) motosserra Eu quero ver a paz em cada semblante Cantar e botar fogo no bagui sem blunt Coxinhas não entendem, não, não consegue entender Que nóis já era esquerda bem antes do pt Sem essa de partido, sempre fomo inteiro O rap é livre zé povinho que é carceireiro E se você começou ontem a tarde Bota no Google vai ver o que é uma garrard [Verso 2] Do nó na gravata ao nó na garganta Mentiras que vendem domingo nas banca ódio selfservice, amor fastfood Heróis fabricados, made in Hollywood Da maçã da eva pra maçã da Apple Viva o pão e circo novela e boteco Protesto de plástico revolta tão rara O medo é o imposto que ninguém declara No país da delação premiada da escuta telefônica
Obra superfaturada, faraônica Qualquer partido faz o PCC parecer turma da mônica E nóis tá dend'água tipo alface hidropônica Tem gente morrendo se desesperando E o que eles fazem socorrem os bancos A imprensa imprime a jato de sangue E recarrega os cartucho a cada bang-bang [Verso 3] Eu sou um pé de cabra as 3 da madrugada Na porta da biblioteca que vive trancada Sou um livro no fundo da sala, no fundo da escola No fundo du'a quebrada no fundo do país Onde professor da aula sem ter lousa e nem giz E aposentadoria é previlégio de juiz A salvação vem da imagem na estante Jesus virou marca de refrigerante Sou metamorfose ambulante, contradição Um sarau no mei du'a terra de festa do peão Bancada por alguma marca de cerveja Velando a finada música sertaneja Sou favela vive enquanto os playboy morre Gastando a herança com c**a, puta e porre Eu sou o bem e o mal, o trágico e o cômico Velho e novo artesanato eletrônico