De repente, abro as portas
Me vejo arrastar correntes
Nesse quarto, sinto cravar no peito
Das unhas das horas amargos do leito de ferro
Anúncio de morte
Uma fera que ruge
E quer se soltar
Ah, ah, ah
Um vazio vazio
Lâmpada queimada
Breu que fere
Af*ga
Na falta da fé
Eu não tenho grades
Nem janelas
Eu não tenho sono
Nem pressa
Um dia fui serva de um rei
Na dança do fogo
Cantei raios e trovões
Anunciando a manhã
Inventei a vida
Adiei o fim
Banhei terra em semente de auroras flamboyants
Banhei terra em semente de auroras flamboyants
Banhei terra em semente de auroras flamboyants
Banhei terra em semente de auroras flamboyants
Banhei terra em semente de auroras flamboyants
(inventei a vida)
Banhei terra em semente de auroras flamboyants