Porrada no trabalhador
Que se esforça com ardor
Quando reclama é infrator
Um dia de fome
Um dia de dor
Suando pra ganhar mixaria
Trabalha duro todo dia
Trabalha como um condenado
Por um salário minguado
Metralha o trabalhador
Sem hesitar um instante:
"Todo preto é safado
Confundi com a**altante"
Metralha o trabalhador
Quando sai da favela
E seu corpo se estatela
Num rápido instante sem dor
Porrada no manifestante
Que reivindica seus direitos:
"Estão quebrando a ordem pública!"
Pedidos não satisfeitos
Pra cada um policial
Vinte mil marginais!
Declaração policial, diarréia verbal!!!
Com sua falsa moral
"Estamos defendendo a sociedade"
Saem metendo o pau
Ensanguentando toda a cidade
Vigário Geral
Favela Naval
Baixada, Candelária
Pequenos exemplos
Do que eles fazem na calada
Oprimindo o povo
Com sua atitude feroz
Filhos da puta fardados
E pagos por nós
E a TV, a "rede do povo", só contribui
Manipulando a nossa gente
Fazendo do cérebro um pus;
Pus fedorento, de cérebro morto
Lobotomia federal, escorrendo pelo esgoto
Mas, o quê?!