[Verso 1: Kaiapo]
To vindo aqui em busca de justiça..
A justiça que eu sei que o sistema não dá
Depois de tantos currículos eu mesmo vou me contratar
Vários momentos da vida o bem e o mal vão se cruzar
Basta ciência nos seus atos pra poder se equilibrar
O poder do equilíbrio te equilibra pra mudar
O poder do seu silencio fala oque tu precisa escutar
Conhecimento nunca e demais então vamos buscar
O poder na tua fala te fode, mas pode te eternizar
Foda-se o teu game o meu e feito com a alma
Que tira os menor do crime que explode esses rap creme
A vida não é Telecine, o rap é Brown e não o Benny
"Cês" compram likes e views, mais corrompidos que a PM
Eu vivo a vida em cada frame, aproveito cada segundo
Pa**ando sem deixar rastro pra esses cães farejadores
Não entende minha mente me chama de vagabundo
Peguei sua mente um labirinto e transformei em alguns corredores
To preferindo ter rancores do que falta de visão
Já vivi falsos amores, não privei meu coração
Já caminhei num mar de pólvora sem medo da explosão, alguns vão se fazer de amigo, se tu tem poder na mão
[Refrão: Kaiapo]
Irmão, tudo pode mudar, basta tu sair do lugar
Por que parado não dá, não dá, não!
(x2)
[Verso 2: Fosco]
Parasita, para e exita, pense e exista
Traz rap ovo frito, acompanhado dus batata fritas
Liga e na tela tu pinta, teu sangue, tua tinta
Mesmo a**im copia, copia de suas copias
Trágico, na selva de pedra e os corações de plastico
Onde o "fiu fiu" é crime, "Meu pau te ama" é um clássico
E Sentiu sublime, criança sossegue o facho
Hoje a sociologia, sumiu dos vocabulário
Guns, corações gelado, sem satisfações
Deixando a mãe de lado, pra fechar com facções
Ensurdeci quem não quis me ouvir, hoje nois ta ai
Tenta dividir, e sobressair, desse lado aqui
Já fui jurado, me olharam com outros olhos
Junto e misturados, pois é tipo água e óleo
Eu sou exagerado, nunca disse que imploro
Não fico desbotado, não adianta lavar com cloro
A face ofusca o fato e o caráter voa
O preconceito berra mesmo pra melhor pessoa
Atacante rouba a cena, as câmeras flagram a cena
Gol sem placa envolve a cena e pro céu nós acena
[Refrão: Kaiapo]
Irmão, tudo pode mudar, basta tu sair do lugar
Por que parado não dá, não dá, não!
(x2)
[Verso 3: Proatoan]
Eu expulsei demônios dos meus sonhos a julgar o meu espelho
Parei de seguir Antônios, mas jamais os seus conselhos
Os olhos vermelhos, “essa erva é da boa”
E eu com sono por ter estudado a madruga toda
Amai o próximo como a ti mesmo é a chama
Mas como, Senhor? Se a gente nem se ama
Matamos os nossos sonhos para rir final de semana
Alisamos o cabelo para imitar a raça ariana
Parça eu sou novo atravessando esse Saara
Tive que me fazer luz porque a conta tá vindo cara
Bebi da rara fonte Enoquiana clássica
Pique Jordan quero mais que uma s**ta básica!
Fiquei azarando a sorte e sorteando o azar
Parei de ficar esperando a tal da morte chegar
Avalie meus pontos fracos foquei meus pontos forte
Treinei sozinho no vácuo e fiz minha própria sorte
Fui iludido por mulher, dinheiro e caô
Agora, munido de fé e o verdadeiro amor
Mesmo a**im não confio no sorriso da maioria
Porque Lúcifer era um anjo e Judas também sorria
[Verso 4: Antunez]
Pa**ei pelo dilúvio de lagrimas, pulei dilemas e catracas
Minha fé foi minha arca, sobrevivi sem mágica
Aqui tu faz e aqui tu paga e as vezes paga pelo que não faz
Armas engasgam, palavras distas não voltam mais
Vi o sangue dos meus ancestrais em terras que caminho
Vi o sangue dos meus irmãos no solo que a gente habita
Cheiro de pólvora no meu jardim, sob nossos pés espinhos
Vitória é poder viver do rap e chegar vivo aos trinta
Novos tempos velhas manias, nada muda
O choro dos inocentes a justiça não escuta
Farmácias são bocas de fumo, bibliotecas são hospitais
Religiões afastam Deus do homens, armas não trarão a paz
Em terra de cego quem tem olho é rei
Em terra de ego, humildade é luxo
Criaram um Deus a sua semelhança e leis
Pra manipular com suas mentiras esse mundo corrompido e sujo