[Verso 1]
Letras no caderno onde eu me interno
Leite bem materno
Achando um propósito que toque lá no seu interno
Se possível enterro memórias do zero
Queimo o que não presta
Amnésia e psicose na festa
Tropeço, mas não caio
Rua escura é o caralho!
Sou Fosco mas a mente brilha mais que dez mil raios
Coração acelerado de tantos degraus em falso
O que não for sofrido é falho
O que vem fácil, vai mais fácil
Virei homem da casa
Honrei meu nome na praça
Sete horas da manhã tu sabe que é nós na caça
Devaneio e fumaça
Meu momento de lazer
Porque além de nascer homem, sou humano igual a você
Dobre a língua porque nunca te pedi porra nenhuma
Não confunda liberdade de expressão com boca suja
Sei que a pista é nua e crua
Tanto a minha quanto a sua
Mas aqui tempero é sal, e a verdade continua
Porra!
[Refrão]
Se for lá, choros e dor
E eu me perguntando pra onde se foi o amor
A vida pa**a num piscar de olhos
Mas os olhos de quem tava lá foi quem não enxergou (2x)
[Verso 2]
De folga e sem grana
E essa voz que me chama
Não resisto, é foda
Estamos atracados na cama
Minha alma apagou chamas
Eu vim a bordo da entranha
Acordo e não suporto tantas coisas estranhas
O ouro tem sabor de um prato que eu nunca provei
Me sentia bronzeado no sol que eu mesmo plantei
Como disse um jovem sábio:
No presente trabalhei, do pa**ado me ausentei
No futuro virei rei!
Multipolaridades de um cara que era um prego
Fervendo, calor humano
Vou dar uma de Subzero
Quem nunca se interessava hoje quer criar um elo
Olha como a vida pa**a
Evoluí pro martelo
Tirei a cera do ouvido ouvindo só de quem presta
Bem melhor tomar um tino do que uns tiros na testa
Linhas e meus raciocínios tão nocivos que nem prestam
E pra sempre eu persisto em ser sincero aos que me testam