A luz elétrica vai embora as dez horas da noite em minha aldeia
Vai também o desejo dos meus olhos em persistirem abertos
Entro então na fabricação de frágeis pecados em tua honra
Sobe feito planta parasita pelo meu cérebro...
O contorno dos teus lábios pelos meus imaginares
Frases tuas de insuportável beleza
Nesse escuro que vem sempre, e eu aguardo confessadamente
Em temperaturas descontroladas nesse breu...
Quando levam embora a claridade do mundo lá fora, eu te guardo
Como uma fêmea prenha no tremulo fosso, do meu umbigo rosado
Apenas prometa-me amor discreto e agudo
Quando novamente voltarem as luzes