[Intro]
Oh, quem sonzera, cara, legal
Ow, peraí, não vai quebrar meu som, não
Hei, para você, para você aí com esse som de trouxa
Esse som aí é de viado
Isso é coisa de viado rebolar por aí
Para com isso, mano
Se liga num som que diz a real
Qual é o som, rapaz?
O som é esse aqui, mano
[Verso 1]
O crime é o meu a**unto, o rap é meu artigo
Não tenho trava na fala, Aliado G nunca se cala
Face da Morte não deixa falha, garante o que fala, mano
Chega trincando com ideia pesada
Só som de responsa sem papo furado
Não é pra playboy viado ouvir e rebolar
Pro mano inteirado, consciente, firmeza
Ouvir, parar, refletir e pensar
Na puli que eu vou citar
Contravenção penal o tema
Naquela favela com nome de santo
A ladrãozada de lá é problema, é
Detritos humanos, restos mortais são encontrados em canaviais
O cemitério dos Amarais já não aguenta mais
É o resultado da guerra entre quadrilhas rivais, ladrões e policiais
É natural pra mim, é cotidiano
Estou nesse meio desde os 7 anos
Atualmente aos 21 tenho visto muita coisa em comum
Um tipo que era considerado como aliado e ladrão
Tá balangando na cadeia, tornou-se um vacilão, desandando
Não tá segurando a sua bronca, tá caguetando os irmãos
É embaçado
[Refrão x2]
Contravenção penal
157 na lei
O mano sem moral
Do seu lado não tem mais ninguém
[Verso 2]
Uma pá de 157 na sua ficha, ele era o bicho
Considerado e respeitado em qualquer banca de ladrão
Primeiro presente que ganhou do pai foi um oitão refrigerado
Niquelado e uma doze de cano cerrado
Ladrão por herança
Desde criança acostumado com o mundo do crime
Troca de tiro na favela, perseguição pela viela
Fica de pé quem tem mais perícia, nem sempre é a polícia
Homicida, latrocida, maluco, ninguém desacredita
Não pensa duas vezes, saca o calibre e aperta seis vezes
Se pá vai recarregar o refrigerado ou niquelado
Não falha, não deixa a desejar, só pra você se ligar
Vou te citar uma fita, muito estranha, muito esquisita
Oito e meia da noite vamos sair pro a**alto
Piloto no avião, quadrilha de sangue bom
Um ritual que se repetia quase todo o dia
Ninguém sabia que aquele seria diferente
Ninguém sabia que aquele seria diferente
[Refrão x2]
Contravenção penal
157 na lei
O mano sem moral
Do seu lado não tem mais ninguém
[Verso 3]
Parada, enquadrada mais uma vez
A quadrilha fez e desfez
Fuga ligeira como sempre
Um Corse, um Verone e uma 350
A poucos quilômetros dali o comando da polícia
A fita foi caguetada, se liga, rapaziada
Vamos furar o cerco
Sentar o dedo sem medo
Agora é tudo ou nada;
Pa**aram no meio do comando naquela troca de rajada
Por incrível que pareça ninguém saiu machucado
Quadrilha de morte mais uma vez seu plano rápido executado
Mas de repente um incidente, outro comando logo a frente
Aquele mano cai no mato com seu oitão niquelado e sua doze de cano cerrado
Naquele momento seu pensamento era matar ou morrer
Se entregar jamais
O barulho das sirenes eram ensurdecedor
Os latidos dos cachorros mais pareciam gritos de horror
São gritos de horror
[Refrão x2]
Contravenção penal
157 na lei
O mano sem moral
Do seu lado não tem mais ninguém
[Verso 4]
Do seu lado não tem mais ninguém
Só os calibres e algumas mechas
Se lembrou das conversas que tinha com seu pai
Quando criança esperança de um dia ser alguém
Mas aos 10 anos já estava dentro da Febem
Reformatório que nada, era uma prisão pra moleques
Só estraga os pivetes, era o colégio do crime
Dane-se o resto a vida pa**ou como um flash
Agora o mato está cercado por todos os lados
Primeiro se aproximou, ele sacou pow, pow
Já derrubou, saiu no pinote, choveu polícia na cola
Levou uma bala nas costas, caiu com a boca sangrando
Mas como diz o ditado "vaso ruim não quebra"
Foi enquadrado e levado pro distrito interrogado
Não segurou sua bronca, tá de hora extra no mundo
Agora só resta saber onde o fulano vai morrer
Na cela ou na viela, a voz da favela clamando a justiça
Esperam te ver em liberdade pra morrer aqui na rua
É, safado, pilantra, já era, quebrou a lei da favela
[Outro]
Aí, mano, quem quebra a lei da favela é o seguinte
Leva tapa na boca e tiro na testa, moro, mano?
A ideia do Face da Morte para aqueles caguetas
Língua de tamanduá, como dizia o outro lá
Aí, aquele abraçom irmão, Face da Morte, paz