Entre o rosto e o retrato, o real e o abstrato
Entre a loucura e a lucidez
Entre o uniforme e a nudez
Entre o fim do mundo e o fim do mês
Entre a verdade e o rock inglês
Entre os outros e vocês
Eu me sinto um estrangeiro
Pa**ageiro de algum trem
Que não pa**a por aqui
Que não pa**a de ilusão
Entre mortos e feridos
Entre gritos e gemidos
A mentira e a verdade
A solidão e a cidade
Entre um copo e outro da mesma bebida
E entre tantos corpos com a mesma ferida
Eu me sinto um estrangeiro
Pa**ageiro de algum trem
Que não pa**a por aqui
Que não pa**a de ilusão
Entre a crença e os fiéis
Entre os dedos e os anéis
Entra ano e sai ano, sempre os mesmos planos!
Entre a minha boca e a tua há tanto tempo, há tantos planos
Mas eu nunca sei pra onde vamos
E eu me sinto um estrangeiro
Pa**ageiro de algum trem
Que não pa**a por aqui
E que não pa**a de ilusão
Que não pa**a por aqui, não
E que não pa**a de ilusão!