[Verso 1: Caio]
Quando eu me for eu quero um mundo menos trágico
Como Espião também deixar meu rastro mágico
Voar e ver os prédios diminuindo
Lembrar dos que amei e dos que nunca vi sorrindo
Que a fome não a**ole a espécie brevemente
Que haja sempre referência aos de antigamente
Pra não perder a raiz nesse caminho
Pois quando eu me for, eu sei que não irei sozinho
Todo dia aos milhares que se vão
Que sejam luz na eternidade dos que ficarão
Dentro de um ciclo que infinitamente se renova
Escrevo aos vermes que me comerão na cova
Não compreendo muitas coisas que eu vejo
Já quase realizei aquele antigo desejo
O que eu espero é que exista mais amor
Mesmo que demore e seja depois que eu me for
[Verso 2: Pitzan]
Quando eu me for, quando eu me chamar saudade
Não quero choro nem flores ou apelos à vaidade
Só quero ir com certeza do trabalho cumprido
E ver total clareza, tudo em seu lugar devido
Que a justiça seja justiça e que ela seja feita
Que a verdade seja o caminho e a honestidade a receita
Eu espero dos que ficaram em respeito ao pa**ado
Cada coisa tem seu tempo e seu significado
Quando eu me for eu espero menos dor
Àqueles que fazem o que fazem por amor
Meu canto é de louvor à esses homens de fé
Que resistem e vivem a vida a**im como ela é
Eu espero muita coisa mas será que hei de ver
Será que algo que falei irá mesmo acontecer?
Então antes que eu vá, quero eternizar
O que essa possibilidade me fez tanto pensar