Ele não sabia de nada, no entanto pelo circo, ele era o melhor Ninguém sabia se era bicho ou se era gente, só sabiam que cantava ave maria em lá menor Debaixo de uma lona furada, ele era o trapezista, era o domador Seria um palhaço ou um mágico (mandrake!) Ou então uma bela dama? (sim, senhor!) Tinha o corpo inteiro marcado pelas facas que o faquir do circo lhe atirou Duas navalhadas nas pernas, dadas por um jacaré que um dia ele armou
E no entanto se fazia gente E se quisesse, ele seria mau Respeitando a velha dita que dita no ouvido As razões do circo sempre abrir mão E sendo todos, todos sendo ele De bailarino ou de palhaço-mor Pra mostrar que sensibilidade, meu irmão O picadeiro para ser o melhor É o picadeiro para ser o melhor É o picadeiro para ser o maior