A enchente chega tapando todo o banhado E o "Santa-Fé" pega o nado Quando vem clareando o dia A vaca berra no pelado do rodeio Reclamando o tempo feio Comendo a palha da cria O vento sopra num galope desbocado Se batendo no alambrado A água costeia o cerro Faz redemoinhos quando pecha no meu mouro Murmura berros de touro Lavando o lombo do aterro E eu denovo vou "botá" o braço na enchente Porque a crescente essa vez foi macharrona O rio tranqueia se escorrando nas barranca
Babando uma espuma branca Igual potra redomona Com fé nas linha Volto de novo ao pesqueiro E o pintado pescoceiro Se rebolqueia no anzol E o aguaceiro vai rolando Vai rolando E o aguapé sarandeando Se perde nos caracol A esperança rebrota junto ao gramal Pois renasce o banhadal Depois que a enchente se vai O rio matreiro matrereia num bailado E o posteiro do outro lado Vara o rio num sapucai.