Talhado para as grandezas, Pra crescer, criar, subir, O Novo Mundo nos músculos Sente a seiva do porvir. — Estatuário de colossos — Cansado d'outros esboços Disse um dia Jeová: “Vai, Colombo, abre a cortina “Da minha eterna oficina... “Tira a América de lá.” Molhado inda do dilúvio, Qual Tritão descomunal, O continente desperta No concerto universal. Dos oceanos em tropa Um — traz-lhe as artes da Europa, Outro — as bagas de Ceilão... E os Andes petrificados, Como braços levantados, Lhe apontam para a amplidão. Olhando em torno então brada:
“Tudo marcha!... Ó grande Deus! “As cataratas — pra terra, “As estrelas — para os céus. “Lá, do pólo sobre as plagas, “O seu rebanho de vagas “Vai o mar apascentar... “Eu quero marchar com os ventos, “Com os mundos... co'os firmamentos!!!” E Deus responde — “Marchar!” “Marchar!... Mas como?... Da Grécia Nos dóricos Partenons A mil deuses levantando Mil marmóreos Panteons?... Marchar co'a espada de Roma — Leoa de ruiva coma De presa enorme no chão, Saciando o ódio profundo... — Com as garras nas mãos do mundo,