[Refrão: Sample por DJ Erik Sratch]
[Verso 1: Funkero]
Latinoamérica
Terra do manda quem pode
Das ditaduras e do DOI-CODI
De siglo 20
Serra Pelada, Eldorado dos Carajás
Da terra onde nunca houve paz
Somos soldados pedindo esmola
Intoxicados por Coca-Cola
O que Guevara faria agora?
Olha o caos lá fora
Cortaram a mata, levaram embora fauna, flora
Enquanto o povo chora no pulmão do mundo
Nas plantações de c**a pelas cordilheiras
O litoral, uma enorme trincheira
Nossa bandeira ensanguentada
Terceiro mundo é o caralho, somos é mão de obra forçada
Rockefellers no pódio, globalizando ódio
Sangue inca, asteca, maia derrubado nos primórdios
Imagina a cena, num escreveram nos papiros
Navios chegando com europeus dando tiro em nativos
A história que a escola num contou
De um continente que a Europa dizimou
Fornecedor de comida pra colonizador
História da Latinoamérica que o mundo apagou
[Verso 2: Darryu]
Inverteram os povos e suas doutrinas
Versão mais contundente pra igreja
E compactuar com a carnificina
Ma**acre de [?]
Nada gentil, até [?] de escravo era índio
Pelo [?]
A missão se cumpriu, a Terra ruiu
Assim, emergeu a nova Babilônia
Dominado por mais um a**a**ino a colônia
Que esse mapa cultura devastava Amazônia
Em solo abençoado, vale mais cobiçado
Dos tupis-guaranis de Túpac Amaru
Só promessas pro futuro, sem méritos no pa**ado sangrento, obscuro, e puro alforriado
[Refrão]
[Verso 3: Delarima]
Bem vindo à América Latina
Onde tu compra impunidade com propina
Onde tu encontra os cartéis da c**aína
Onde o governo acalma o povo com chacina
É, falta emprego, sobra imposto
Estado tosco, espalha miséria e luto preto fosco
O povo pinta o rosto e vai pra rua
Mas pra policia impera a ditadura
A farda escura perfura o coração nacionalista
E às escuras, corrupção tucana ou petista
Manda pro exílio quem sai do trilho
Esmaga o povo com política elitista
Pros gringos, os bingos
Enquanto as calçadas vivem sempre lotadas de mendigos
Desvio de verba, o pobre paga o imposto
Sonegação aqui é luxo para o povo rico
[Ponte]
Sou Latinoamérica, sou Cartel Medellín
Sou Latinoamérica, sou Cartel Medellín
Sou Latinoamérica, sou Cartel Medellín
Guerreiro e poeta, eis-me aqui
[Refrão]