Som novo J, é tua! Pra ti meu mano Stress incessante Eu perco o meu instante O desvio é constante E torna-se irritante A oferta é mais que muita Longe de ser gratuita O processo é moroso E a despesa fortuita Precariedade lançada O mundo tá em guerra Sociedade ama**ada Um berra, outro ferra Encher a cabeça? Tenho medo que isso aconteça... Se patinar de novo A minha alma não regressa É curta a minha palha Mas é a**im que eu me concentro Tudo à espera de uma falha De ver um podre cá dentro Cada dia é uma batalha Fecham portas mas eu entro Não atiro a minha toalha E se há janela tou lá dentro Eu só quero andar direito Mas às vezes não há jeito Que vontade de gritar Tenho filhas pa criar, não dá pra vacilar A luta começa Mal eu saio de casa Muita gente muita pressa Não quero nenhuma brasa E se alguém se atravessa Tipo faixa de gaza Respiro fundo depressa Não me mata, só atrasa Apanho a camioneta Com a miúda pró infantário Lá fora tá um homem Que me tira pinta de otário Para ele transporte público Quer dizer pouco salário
Ele vê tudo ao contrário Porque é outro o meu erário É curta a minha palha Mas é a**im que eu me concentro Tudo à espera de uma falha De ver um podre cá dentro Cada dia é uma batalha Fecham portas mas eu entro Não atiro a minha toalha E se há janela tou lá dentro Eu só quero andar direito Mas às vezes não há jeito Que vontade de gritar Tenho filhas pa criar, não dá pra vacilar (às vezes parece que não há jeito, e é isto que eu penso) Levanta mano Por favor não me morras Traçamos um plano Para sair destas masmorras A lutar num faz de conta Numa vida alugada Somos escravos de uma conta Que nunca irá ser apagada Rasgamos o contrato Evitamos a armadilha Criamos um sindicato Ensinamos a partilha Bazamos para o mato Treinar ações de guerrilha Começamos pelo trato Depois o uso da cedilha Eu só quero andar direito Mas às vezes não há jeito Que vontade de gritar Tenho filhas pa criar, não dá pra vacilar Tou lá dentro, tou lá dentro Se há janela tou lá dentro... (J é tua, sempre juntos! Descansa em paz)