[Verso 1: Bárbara Mendes]
o povo confunde justiça com vingança
o idiota confunde poder com arrogância
a dança confunde o corpo com o som
o artista confunde sucesso com o dom
o homem confunde estar só com solidão
o preso confunde liberdade com o vão
a criança confunde a mãe com o berço
o bispo confunde o vírus com o terço
o ocidente confunde filosofia com dor
a cidade confunde avanço e rancor
o poeta confunde delírio e instinto
a morte confunde o fim com princípio
[Refrão: Bárbara Mendes]
e no deserto de nuvens de tão cinzas
perdi várias noites para ver o sol
a confusão da multidão
entre bombas de efeito moral
deus me livre de ser normal
que eu acho em mim, em minha casa
que eu acho em mim
[Verso 2: Bárbara Mendes]
o cara confunde perdoar a memória com esquecer
e ela confunde admirar com pertencer
o velho confunde sabedoria com erosão
o novos confunde os pés pelas mãos
o samba confunde ritmo e vida
o funk confunde confunde caos e alegria
[Refrão: Bárbara Mendes]
e no deserto de nuvens de tão cinzas
perdi várias noites para ver o sol
a confusão da multidão
entre bombas de efeito moral
deus me livre de ser normal
que eu acho em mim, em minha casa
que eu acho em mim
[Verso 3: Bárbara Mendes]
a mídia confunde as rédeas com juízo
o dinheiro confunde não ganhar com prejuízo
a ginga confunde balanço e resistência
a beleza confunde talento com aparência
[Refrão: Bárbara Mendes]
e no deserto de nuvens de tão cinzas
perdi várias noites para ver o sol
a confusão da multidão
entre bombas de efeito moral
deus me livre de ser normal
que eu acho em mim, em minha casa
que eu acho em mim