[Refrão] Subi a escadaria para me benzer E pedi ajuda para Oxalá Consultei os astros para entender Lua cheia, eu me batizei no mar [Verso 1] Habeas Corpus moral, apneia mental Imperativo espiritual O fogo queima, o coral corta Se não há risco a criatura é morta Só você pode se conhecer Seu equilíbrio, sua verdade Se aquele instinto é uma necessidade E a trindade nesse trinômio: Você, seus anjos e seus demônios [Refrão] Subi a escadaria para me benzer E pedi ajuda para Oxalá Consultei os astros para entender Lua cheia, eu me batizei no mar (O que eu estou fazendo da minha vida?) [Verso 2] O que eu estou fazendo da minha vida? Lambendo a carne viva com o dedo na ferida Brindando a existência e aprendendo a distinguir A hora de refrear, a hora de transgredir Chorando minhas dores, moldando meus valores
Tacou pedra, finto a pedra. Tacou flores, voltam flores É uma linha tênue, é menos que um semitom Quando o bom não é o certo, quando o certo não é bom [Refrão] Subi a escadaria para me benzer E pedi ajuda para Oxalá Consultei os astros para entender Lua cheia, eu me batizei no mar [Verso 3] Ah minha vida toda! Um ato de desapego Do corpo, do casamento, do parente, do emprego Fé é confiança, no que quer que se invista Tem fé o ateu, tem fé o cientista Me curvo humildemente ante aquilo que não sei Acredito no Amor, ganho o jogo no fair play Só não espero a providência pra encontrar a minha essência Pois não há um salvador que nos tire essa incumbência [Refrão] Subi a escadaria para me benzer E pedi ajuda para Oxalá Consultei os astros para entender Lua cheia, eu me batizei no mar