(Né) 1ª PARTE
Dantes era Hip Hop
Agora é o baile dos vampiros mano
Dantes eram condes
Agora condenados
A sugar o sangue
Da cultura ate ao tutano
Tudo o que era suburbano
Agora imperializado
Estigmatizado
Este hip hop nada vale
Afinal, não pa**a
De fantochada e carnaval
Por amor á camisola
Nem o padre dá a missa
Eram MC`S do caralho
Agora MC`S da piça
A cobiça e a gula
Misturou-se com a fórmula
Que estimula
A tua célula
Terroristas
Mudas te de cor
És o Drácula
Vieste espalhar o terror
A mim
Não me enganas tu
Vendido, imagino
Como terás esse cu
O tal que cagava
Agora suga piças
Empinava as fuças
De tantas finanças
2ª PARTE
Comam tudo
Como tudo terá um fim
Traíram seu Deus
Traíram nosso latim
O testemunho está
Decifrado no que escreveram
Nem tudo o que brilha é ouro
Por se isso esconderam
Rimavam como homens
Hoje rimam como meninos
Aderiram ao euro
Já não fazem hinos
Hoje é tudo de bandeja
Ninguém verga a mola
Não sinto o respeito
Pela velha escola
Só da colas, ao colo
De quem colabora
Com a puta da indústria
Que bate a pasta na hora
Já não é família
Nem cultura nem união
A pouca que havia
Foi vendida no bolhão
Quem não deve não teme
Sou apenas um pião
Seguro com garra o leme
Como um bom capitão
Só da gordos que emagrecem
Esta arte lusa
Abre la essa blusa
Se te serve a carapuça
3º PARTE
Podem não pa**ar cartão
Eu não sou credível
Porque faço rimas
Como vocês, de baixo nível
Invencível, vai-te acabar
A época
Como o peixe
Morrerás pela boca
Tenho estado adormecido
Como o estado do estado hiphopiano
Ora azeiteiro
Ora académico
O que é da rua
Perdem os valores
As alianças deram lugar
Aos anéis desses senhores
Isto é o circo de palhaços
Que me faz chorar
Só vejo palhaços sem suor
Já querem cobrar
Toca a andar, andor
Eu não rimo para moucos
Outrora especial
Tornas-te te como os outros
Vieste colonizar
Mas não pa**as de um clone
Aproveita o ciclone
Falso ícone
És um embuste
Pelo dinheiro, é normal
Eras único e raro
Agora caro e igual