Foi na aba da manhã
Foi na aba da manhã
Que cismei de mastigar meu hortelã
Foi na aba da manhã
Nós dois nunca pisamos
Do chapéu da poesia
Aonde eu ia
Você ia
E tudo virava dia
Virava
Nós nunca gelamos
No chapéu do não podia
Boa tarde
Boa noite
Como vai é todo dia
Foi na aba da manhã
Foi na aba da manhã
Que cismei de mastigar meu hotelã
Foi na aba da manhã
Quando creio no absurdo
Em geral na contramão da fé
Folhas caem de outro mundo
Num retrato exato de mulher
E ficamos sem saber a razão
Do princípio
Desses frutos
Desses versos grãos