Se eu quiser fumar eu fumo
Se eu quiser beber eu bebo
Pago tudo que consumo
Com suor do meu emprego
Confusão eu não arrumo
Mas, também não peço arrego
E um dia eu me aprumo
Tenho fé no meu apego
Eu só posso ter chamego
Com quem me faz cafuné
Como o vampiro e o morcego
É o homem e a mulher
O meu linguajar é nato
Eu não estou falando grego
Amores e amigos de fato
Nos lugares onde eu chego
Eu estou descontraído
Nem que eu tivesse bebido
Nem que eu tivesse fumado
Prá falar da vida alheia
Mas digo sinceramente, na vida a coisa mais feia
É gente que vive chorando
De barriga cheia