Vou esperar contigo.
E, se quiser tardar, o tempo foi meu amigo.
Prendo os ponteiros
Que o teu instante é meigo.
Vou mudar contigo.
E se puder escapar, teu corpo é meu abrigo.
Prendo-me ao peito
E em ti me desarraigo.
Repreendo a própria vida
Cada dia em que, iludida,
Me extingui a sós comigo
Sem guarida,
Mas sigo
Que em teu refúgio há fogo.
Se me chamares, meu nome seja aconchego.
Prendo-te aos braços e o nó que dou é cego.