Limites Claro que ele poderia tocar o mar, Já que neste não cabia seu olhar profundo E, como as outra crianças, ergueria, Moldado em água e areia, seu mundo Nada, porém, fundiria ele ao horizonte, Buscava, então, no azul do céu e do mar, Em espaço e tempo, algo tão distante... Só lá dentro do quarto e o Sol lá fora Mergulhado no tempo e no espaço por Longas horas Juntando água e vinho, vida e sonho Quem sabe, não veria o futuro Só por um instante... Eles não viam o mundo como os outros Viviam em outro lugar ou, quem sabe, O mundo ainda gerara poucos Com o mesmo modo de olhar Onde alguém a**im pode ir? Onde pode chegar? E cada qual com seu medo e loucura E um modo próprio de olhar, e saber que O que limita a visão, provavelmente, É ter o dom de enxergar O que o Amanhã nos guarda? O que nos mostrará? E cada qual com seu medo e loucura Viviam em outro lugar e quem sabe O que limita a visão? Provavelmente É o mesmo modo de olhar O que o Amanhã nos guarda? Onde pode chegar?