Alex Full - Rita & Rosa lyrics

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Alex Full - Rita & Rosa lyrics

[Verso 1: Rita] Mas como é estranha a vida Sobreviva, como a rotina dita Indo as entranhas, Rita Cita uma dor que a habita Loira e bela, jovem e escultural Cheia de sequelas, mazela social Se produz pro batente, seduz sem querer ser seduzente Responsável pelo que cativas Num é a**im que isso se entende Trilhas rotineiras a levam ao purgatório Aonde as minas que mutilam São plantadas em rostos aleatórios Um a**obio desconcerta a harmonia Quando vê logo sumiu o que sobrou de alegria Bate o ponto, guarda os pertences nos aposentos O que a pertence é uma máscara e um espírito coagulado (De tanto sangrar) Guarda tudo que lhe trás cicatrizes E que isso não a imploda Antes do esperado (E quando será?) Criminosa por ser rosa, onde plantam Só pra colher quando querem Objeto pra saciar libido não é objetivo Sussurros subjetivos ferem Garante o pão de secretária, na faixa etária e sem cesária Mas não se sente párea, nessa área, uma ajuda é rara Se sente um fantoche, rolam os deboches É de prache, e a autoestima as vezes foge A mão no broche, intimida Nenhum poste ilumina O porsche na esquina Da Carona, logo duvida Se lembra daquela tarde de primavera Onde a irmã e a prima Vera Brincavam à vera com ela Mas um susto à desaspera - Espera, não faz isso com ela! Ele à escabela, era tão bela Mas teve a alma selada numa cela Cada segundo era um milênio Ela só queria morrer Se perguntava em silêncio porque Que aquilo tinha que acontecer E as chamas no peito de Rita se tornam cinzas E o sol não a ilumina, seu mundo é cinza [Verso 2: Rosa] Desde que se conhece por gente Dizem a ela que preto não é gente E isso sempre a preenchou de rancor Viu desde os 13 como a vida é suja Pai frustrado, amargurado Qualquer motivo vira surra Cada irmão tinha seu filme de terror Cada dia um paradigma, um horror Se sentia digna de algo melhor Ofertas, descobertas, um refúgio e logo fugiu Foi ganhar a grana como dava, prima onde não existe tio Selvageria todo dia, o ceifeiro era Visita com horário agendado Surpresa ao poder pôr pão na mesa E ao ver seu pai sair algemado As coisas só pioram, a véia adoece, prece nenhuma cura E as crianças choram e padecem, ela decide ir pra rua Sem saneamento nem ensino básico Sem Creche ou asfalto Intervenção do município ou do estado A necessidade a leva à sacrificar seu tesouro máximo Nunca soube o gosto da transa, sangra, o gosto é amargo [Sample] [Verso 3: Rosa] Juntava seus pedaços e os trocados Trocava pelo que dava, sorte no dado Deus não pode olhar pra ela e esperar ser perdoado E cada cliente era uma cicatriz diferente, no corpo e na alma Pobre e rico, solteiro ou casado, se satisfazem dessa forma E pra ela nada mais importa, desde que a família coma O pior sempre piora, agora encontra a mãe em coma Teste às emoções, e ela nem as tem mais Uma carteira satisfeita, libido é algo extinto Mesmo sem mal ter existido, o próximo já tá na espreita Dá tempo pra um suspiro Sensação horrível, De javú? Arrepios seguidos de gritos selvagens Hematomas já não eram ocultos, haja maquiagem Vulto que personificou tudo que é sujo Tapas que agridem o espírito Era cada vez mais escuro e ela já não respondia os estímulos Ele não paga e ela apaga, a roupa rasgada e o sangue pinga Grunhidos inconscientes, a cama range, fedor de pinga O que houve ninguém sabe se tem à ver com sina Naquela noite, ele se satisfazia com o cadáver da filha A Dona Hermínia, contraiu infecção na espera do leito E o leite das crianças, fica de que jeito? Matéria prima pra tráfico e prostituição 3 guri e 2 meninas, que o estado não vai dar atenção E essa Maria não teve a mesma sorte que a da Penha Saldo de 3 mortos, 8 vidas destruídas, Maria tava Prenha [Outro] Rosa não é excessão, ficção que espelha a verdade Rosa é um broto que floresceu em meio à realidade