Já é segunda Noite que não durmo Já é segundo Que escrevo não lanço Escrevo e penso O que seria de mim Sem ti minha batida Ou a mera ilusão Da deposta razão Dos cânones perdidos Por ti rompidos Cânones que eram verdades Que nem o deus negava Nem o Diabo questionava Mas tu!? Tu? Tu tinhas de vir a matar Silêncio não te bastava A inercia não te chegava Vieste – Rompeste Sentaste no trono Que nem era teu, era meu… Porra, por direito era meu Eu rei regente da vida Que não era da gente Era minha, só minha Roubaste me a caneta da mão Escreveste leis sem “se não” Guias são Linhas Linhas da prosa Da rima – roubaste me a vida Que agora é tua, não minha Eu e a folha a dois Eu a vida sem depois Quem sois? Sombras das noites Vida das mortes ou só Só meus demónios Eu e a batida somos sinónimos E já não somos anónimos Vida sem mimos Já não somos meninos Tu querias verdade Eu disse a verdade Tu querias metade Dei mais de metade de mim Sem fim. Eu não fugi Sei que errei Cai e não levantei Vivi, renasci Expressei no papel O que pa**ei eu senti na pele Sem ti