Nossa mai é uma á luz das estrelas Nom precisa escudos nem cor nas bandeiras Nossa mai é forte tem ferro tem pedra Tem um vagalume que de noite a quenta Nossa mai morreu mas como esquecela Ela deu a vida para que eu nascera Nossa mai amada nossa mai eterna Nossa mai sonhada nossa mai alheia A onde vas velha coa tua pel enjuita Teus filhos deixaram a fouce e a luita Espinhas e dór cóbrente o peito Castrada a memoria degolada a eito Mãe mai Da arteria minhota fixeram fronteira Por isso no espelho olhaste estrangéira A tua lingua abafada a boca calada Os teus filhos mortos a túa voz aldrajada Mãe mai De onde vens velha ferida e doente De quem é a mão que sega a semente Gadanha de fora sanguenta esvaece Quando desde as cinzas ergues a voz ceive Mãe mai Porque se quixeras porque se ti queres Tens a melhor arma para te defenderes Tens as nossas almas tens os nossos seres A marte e ao sol nos teus amenceres Mãe Mai Mãe Mai