Quantos anos pa**aram? Quantos manos partiram? Quantas relações findaram? Quantas portas se abriram? Quantas noites em branco? Quantos dias sem encanto? Quantas vezes fui franco depositando emoções no teu banco? Quantas vezes sorriste, triste, solitário e cabisbaixo? A 220 em pleno despiste capotando encosta abaixo Neste mundo eu não me encaixo, pensavas para ti próprio Metade de mim inspira amor, a outra metade só atrai ódio! É óbvio que um homem erra, ele não nasceu perfeito Com defeito de fabrico no fabrico do lado esquerdo do peito O meu maior defeito? A minha maior virtude Mudo a tempo de vida antes que a própria vida com tempo me mude A verdade não ilude, procuro que ela me ajude Uma mente coerente é nascente fluente da fonte da juventude Dei tudo o que tinha mas não sabia ao que vinha Como uma criança que caminha na escuridão do vale sozinha Só minha tristeza que carrego em peso nos ombros Perdi toda uma família, a inocência soterrada nos escombros Somos tontos quando pensamos que só acontece aos outros Loucos quando nos roubam a vida aos poucos, poucos, poucos Tu vive e sente te livre, a vontade é um poder enorme Não deixes que o medo te transforme, não deixes que a malícia te transtorne Não deixes que o mínimo te conforme, enquanto o tempo se consome Porque o homem besta não dorme semeando miséria e fome 32 Primaveras nas ruas amizades sinceraa Meu puto, é um mundo de feras e da realidade não dá para tirar férias Faço sérias abordagens em prol do bem comum Putos querem saber quem é o maior? Que se foda o número 1 A vida não é um concurso ou uma corrida em pista coberta Valorizo mais a procura que o número astronómico da oferta A minha historia é bem concreta debaixo de chuva à procura de uma aberta Vi uma porta entreaberta que me levou à direcção certa Incerta a vida que levo, não desminto nem o nego Como poderia ser a**im tão cego, impávido ou incrédulo? Estas ferramentas que envergo cabe a mim dar lhes um bom fim E então que seja a**im, que seja a**im Nesta batalha da vida perdi algumas rondas Pa**ei algumas lombas, dias curtos, noites longas Vi corações partidos, amigos mal agradecidos Comentários fingidos, judas em varias tribos Julgas que não tenho ouvidos porque adormeço os sentidos Porque adormeço os sentidos? Pela dor dos que já não estão vivos É raro sair do estúdio, poucos são os que me vêem na rua Porque a má vida acima de tudo, não avança, só recua Atenua um futuro risonho, a**a**inato do sonho Do que sou não me envergonho, quando escrevo não pressuponho A minha maior vaidade foram os amigos que fiz O criar da minha raiz é tudo o que preciso para ser feliz Diz o que quiseres, o mal que puderes Mas lembra-te que vem o dobro de tudo aquilo que tu deres Vive com integridade, com paixão e humildade Em pleno, sereno, como um pôr do sol ao fim de tarde