Guilherme Indião - Depois da Festa lyrics

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Guilherme Indião - Depois da Festa lyrics

[Verso 1: Xará] Sempre em ponto, 10 pràs 6:00 já é pra tá de pé Ele sai do banho, esquenta o pão e água pro café Pensa na vida em ordem, a**im é: família, dinheiro Se o alicerce é bom, ó prédio tá inteiro Tem alma de pedreiro, malabarista urbano Vai, valores verdadeiros, casa aqui não cai Homem livre tipo eu, pecador Busca na razão de ser a paz interior Por que? Por que que eu não pedi perdão? Me diz: Pra que? Se eu sei que eu nasci livre, é difícil de entender Irmão, eu ando pela rua só dominando os cantos Vou picotando as avenidas e o cinza contrastando Vários perdendo a honra pra imperar nessa utopia Penhora humana essa, a Caixa não avalia Não sonha, mira no horizonte, não erra a pontaria Segue firme que vira e vai clarear e bom dia [Refrão: Nina Black] Eu já brindei copos vazios, falsos sorrisos E depois da festa eu chorei Acreditei, eu me iludi Eu já saí pra procurar Um lugar onde eu pudesse descansar Eu me cansei, mas consegui [Verso 2] Quantas vezes te mandam um rap contra a minha própria quadrilha? Dar uma casa pra minha irmã? Dar conforto pra minha família? Ser o exemplo pra minha filha? Muitos perguntam tiram minha paz Se eu vou ser frente igual minha mãe ou me envolver no crime que nem o meu pai? As vezes eu te peço perdão, é foda ter ódio pra fazer canção Vida sofrida, o sistema obriga a fazer justiça com as próprias mãos Esvazia é o seu coração, deixo na lisa, copo sempre cheio Até entendo que a vida é pa**agem, mas nela eu não to pra ficar de pa**eio Segue sorrindo o soldado ferido, não, não pode perder nosso flow Que na praça de vida lotada a vida é dez minutos pros gols Tendo pão, um arroz com feijão, antes de comer nóiz agradecia Os problemas não vão derrubar quem foi criado à café com farinha Pros que dividiram a fome agora nóiz vamo dividir um banquete A gente não vive do rap, mas cada um de nóiz morreria pro ele Fica triste quem tá com saudade, que minha alma jamais não doesse Os que descansam na eternidade, a gente se encontra qualquer dia desses [Refrão: Nina Black] [Verso 3] Eu também já parei só pra pensar se vale Nada é ma**agem, nada é de graça, lhe interessam até no valor do Deus lhe pague Eu não sou bobo, ninguém gosta e aceita viver com pouco Eu também quero um Hilux, um Rolex, fartura pro morro A corda aperta meu pescoço e toda verdade Que que eu tenho de valor são minhas rimas de ódio e saudade Sagacidade pra trabalhar e pagar o que come Nunca fui playboy, mas sempre fui sujeito home Eu posso dizer que eu aprendi a sobreviver Onde a palavra vale a vida, e o filho chora e a mãe não vê Dinheiro, carro, ouro, prata, nada disso salva Todos morreremos e apodreceremos sós Seu mundo não é sofrido como o meu Nem tão valioso quanto o meu, você se esqueceu? Não questione, faça, vai gaste seu dinheiro imundo Enquanto tão ganancioso, eu fortaleço o meu conjunto Menor traz lá do alto, agora ta correndo atrás Já não só mais atraído pelos bem materiais Mas eu prezo no miolo, honro a pele de crioulo E se tiver contra os meus princípios não tem desenrolo Poeta armado, pacífico, escravizado Sou alvo das piadas do João Plenário Bota cara você atrás da gravata Pare um minuto pra ver o quanto tu mata Eu sou a mancha de sangue no seu cenário de avareza Tu fecha sua janela pra não ver nossa pobreza Espírito de guerreiro, de justiça herdeiro Da poesia de luta, de luta de sofredor brasileiro [Refrão]