Guilherme Indião - Assim se Faz lyrics

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Guilherme Indião - Assim se Faz lyrics

[Verso 1] Assim se fez, a**im se faz, aqui se criam homens Leis das quais não são iguais pra todos sobrenomes O esquema é viela em tempo de guerra não pode correr Quando o couro come nasce indecisão, ódio no coração Não deixa o medo vir puxar o bonde Destrava as cromadas na cara, dispara no tiro toda sua ira Não para, depara com a raiva, caminha com morte, não brinca com a vida Não cospe no prato que come, não aponta o dedo, não paga com a língua Da fome do beco, do berço, do terço, do preço do erro de toda mentira Recorte sem sorte, repórter já quer minha morte pra fazer matéria Como pode o X-9 dá o bote? Aqui nóiz explode todos os comédias Quem morde é o rancor e vingança correndo com pressa pelas minhas artérias Quem vem de onde eu vim, viveu o que eu vivi Sofrimento é piada, inferno é férias Não quero saber se ator é piada, jogador cheira, cantora é lésbica Fiz zum-zum pra tocar coração, deixa o Teló tocar na Transamérica O dinheiro faz Neymar bonito, Restart homem, cachorras histéricas O bonde que eu fecho só fêmeas na loque, enfreta rottweiler, explode cerca elétrica [Verso 2] Se liga na saga, na rima, no rap modesto que agora eu te faço Disposto pro tudo, pro nada, botando a cara menino fraca**o (Onde) Eu faço rap dar o clima dos meus relatos (Onde) Eu faço verso contigo, com desabafos Porque aqui o galo canta e o canto é forte Eu to de black, é terno, é cap, o rap é meu suporte Viu? Momento é intenso impõem minhas rimas tensas Eu tô, tô cheio de ódio pra cobrar minhas desavenças Mas busco a paz pras comunidades Que nesse dia toca o rap alto underground Que eu veja sorriso refletindo com o sol E não um corpo coberto com um lençol Porque vejo guerreiro na bike, piscina da laje virando concreto Sua filha vadia do morro ontem a noite matou mais um feto Balas perdidas invade o seu teto, cor aqui o certo é o certo Só sei que vejo olho no olho e ainda sinto que o papo não é reto [Refrão] Assim se fez, a**im se faz, a**im se faz Assim se fez, a**im se faz, a**im se faz Assim se fez, a**im se faz, a**im se faz [Verso 3] Assim se fez, a**im se faz pela paz e a liberdade Aonde que ronca puxa o bonde, tem medo do frio que vem das grades Se onde nóiz vive o medo não existe, nóiz não aceita tua trairagem X-9 já brota, os cana da o bote, agora é hora de comprar os covarde Pra todos os guia que vive em noite sombria cortando o beco e cidade Conhece no olho quem é na família, sabe de longe quem vem com a maldade O mundo lá fora me chama, levanto e então vou como eu posso Me sinto soldado sozinho ferido lutando com vários que tão feio na foto Desde menor já tava na pista, sempre mantive o plano formado Eu não quis a**alto milionário, nem toca na boca, nem andar armado Mas era cachaça e o bar lotado da favela enchendo muito viciado Sinuca, piranha e droga, mas fugi do crime pra arrumar um trabalho Só faço a minha correria, me sobra um tempo pra rataria Dou tudo de mim pra chegar no fim e eu não encontrar minha panela vazia E a lei do mundo é dar voltas, curta, o mundo é pequeno Vejo a porra dos verme dá o bote neles mesmo [Verso 4] A infância acabou mais cedo pra esse menor Quando viu o que que tinha não era do bom Mesmo a**im ele ainda tinha que ser o melhor Pra poder ter uma chance a mãe dele pediu, o coro comia Sumia com o padrasto, responsável pelos maus tratos, que agonia Vai moleque, corre pra onde ninguém te alcance Pra escola meu material é pouco Pra chegar aqui demora, esse cara querer me ensinar B-BI-B-A-B, não vou usar isso no mundo sujo lá fora Entre facas e garrafas de cana Duro e cercado de grana Bota a mão na peça e bota a cara na pista Quase que o mundo me engana Oportunidade e quase não tive Só que favelado já conhece o mal Se eu fui o alvo principal, um animal Mesmo a**im não fui tratado como tal Barraco de madeira do fundo do quintal Ideias biométricas Frio, calculista, ser genial, sem matemática Pa**em a se preocupar Foda-se sua caridade, foda-se sua ética To cansado esperar O ar poluído que o morro respira Me ensinou a não desesperar Me ensinou a abrir a boca na hora certa E a vivência na intermediação social E a**im se fez inimigo do estado Herói das crianças, um poeta letal [Refrão]