[Verso 1: GOG] Polícia troca tiros, apaga delinquente Imprensa sensacionalista chega, pega sangue ainda quente O choro daquela mãe ninguém entende Ainda se sente no ar, o cheiro da agonia Daquele mala que um dia se dizia: "Cara forte", "cara de sorte", vê se pode Presidio, se safou da ciranda da morte E nada pode estampar da face esfacelada Frases falsas, criadas Em bancas de jornais foi o que sobrou Com licença seu doutor, vou que vou [Refrão 2x: GOG] Quem..? Quem foi que disse quê o que eu falo são tolices? [Verso 2: GOG] Falo sério, com tédio, sem mistério Seu império, o sistema que sustenta está falido É fabrica em série de bandido O final, nosso velho conhecido, queima de arquivo Deram sumiço, será que eu corro risco? Se nós venceremos? Não! Não perdoaremos Com licença seu doutor for o que for A rede de intrigas se formou e o derrotou E ao contrário do que você pensa Sua sentença não será cumprida na cela E sim numa favela, igual aquela Que aparecia na tela da TV E você de camarote, ousava dizer: "Nada disso existe, só vendo pra crer" [Refrão 2x: GOG] [Verso 3: GOG] É você está em maus lençóis Viverá um tempo como nós Sentirá à flor da pele a força do sistema que repele Descobrirá que a delinquência tem duas faces Uns aprontam porque querem, outros por necessidade, é Fim de semana sem grana De Segunda a Sexta-feira a geladeira está vazia Sábado e Domingo a mesma agonia O barraco só tem quarto e sala Uma senzala onde um dorme sob o outro não tem esgoto E o que dizem de nós aumenta o desgosto Pau que nasce errado permanece torto [Refrão 2x: GOG] [Verso 4: GOG] E no ultimo dos lances, na derradeira das chances Você pedirá perdão, será em vão Pois é isso que acontece hoje São gritos aflitos que poucos, muito poucos ouvem Todo dia a esperança cai por terra Todo dia tombam inocentes nessa guerra O final, nosso velho conhecido Chega a turma do "deixa disto gente" [?], sem compromisso Miami no toca disco, e o Brasil continua nisso [Refrão 2x: GOG]