Será que somos apenas química efêmera a reverberar na selva? Então deixa eu me enterrar nas covas do teu rosto Sentir teu gosto e delirar numa viagem sem volta Ame o que puder Amor, seja o que quiser Porque no fim nós vamos pó ao pó A vida é uma só Química efêmera Tudo tem um fim Vidas terrenas Será que somos apenas química efêmera reverberar na selva de concreto e aço num arranha-céu de dívidas de vida? Mas veja você onde fomos parar Chegamos à lua Sobre ruas sem chão Marco de fuga das vidas terrenas Tarsila e suas telas Cascaes e suas criações Pra Einstein relativo o tempo é só um detalhe E física efêmera Fome, religião, guerra, angústia Enquanto houver dor há vida A vida é uma só Química efêmera Tudo tem um fim Vidas terrenas