Entre teses e provas que provam Que cada um só escolhe o melhor jeito De escrever seu prólogo O que você chama de fim, eu digo que são reticências Desde o furo prematuro nas orelhas de quem tem, em si, a vida Até o livro, rico em metáforas Ignorando a inexistência dessa tal verdade absoluta Contando o conto do vigário Onde a única interpretação é aquela com cifrão Em vários cantos do mundo também batem panela Ao ver que o fundo é bem mais raso quando a fome é descaso Se o ácido na lingua faz mais drama que o na chuva A estatística é status e o quo abandonado O escuro as vezes Torna melhor enxergar Por ser nele Onde se mostram as estrelas A dúvida de quem olha pro céu é a mesma de quem olha pra nós Será que há vida na Terra? Ou somos meros pontos abstratos Colidindo e ocupando espaço Ensinando várias formas de se fazer errado?