Face da Morte - Maloqueiro Só lyrics

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Face da Morte - Maloqueiro Só lyrics

[Verso 1: Mano Ed] E aí, família, firmão, como cês tá? É isso mesmo, é Face da Morte, demorou pra encostar E constar que a caminhada foi embaçada até aqui Mas alegria do guerreiro é guerra Então manda aí um papo reto Sai da reta, bala perdida não dá seta Na testa da elite, que diz que nós não presta Que ladrão tem que morrer e o pobre se foder Deu ruim, playboyzão, má notícia pra você Que tentou, mas se ferrou, jogou pra [?] Falou até em desmembrar o país em Sul e Nordeste Não sabe o que acontece nas perifas da cidade Não admite o pobre fazer uma faculdade Isso sim que é malandragem, certo, maloqueragem? Atitude de verdade é o que traz dignidade O menino pobre só precisa de oportunidade [Ponte: Robin] E aí, sociedade, cês vão fazer o que? Ficar com o rabo no sofá vendo Globo e SBT [Verso 1: Mano Ed] E não me pega, não me ganha, nem com isca de picanha Mano Ed, rapper zica, ligeiro com artimanhas Tarda, tarda, tarda, mas não falha Aqui está presente a juventude do Araguaia [Refrão: Isadora Bueno] Eu não sou daqui (oh, maloqueiro só) Eu não tenho amor (oh, maloqueiro só) Sou periferia (oh, maloqueiro só) Sou trabalhador (oh, maloqueiro só) Oh, maloqueiro, maloqueiro (oh, maloqueiro só) E quem disse no caximbá (oh, maloqueiro só) Vários maluco já subiu (oh, maloqueiro só) Você também vai se ferrar [Verso 2: Robin] Porra, tô aqui, Brasil; nós tarda, mas não falha Vim falar da minha pátria amada, que anda mal amada Da qual eu vim, a molecada tá tudo armada Disciplina que não vale nada, onde os porco de farda só mata E eu sou Mandela, Mariguella, Che Guevara Sou favela e as viela e cada curva das quebrada E eu sou bombata, sou o punho cerrado Sou cada corrente quebrada, sou meu povo libertado Cantar, vou escrever até não ter mais tinta Se tirarem minha caneta, com meu sangue nós rabisca Cada muro que murmura, gritando socorro nas ruas Eu sou o amor e o sofrimento que gritou "fim a ditadura" Sem medo da vida, tô programado pra morrer Sou homem-bomba, que pelo meu povo eu vou viver Sou Luther King, sou Zumbi e a liberdade Ao contrário do medo, eu falo com o dobro de coragem Sou maloqueiro, graças a Deus vou ajoelhar Sou inverso da covardia, meu nome eu vou honrar Minha mãe me ensinou que da vida eu não levo nada Me ensinou também que vale mais uma alma do que milhões de palmas Racistas, preconceituosos, já virou natural Esquece que embaixo da pele é osso e no geral é tudo igual Sou Araguaia, sou a rebeldia e a revolta Com dispor de girar o mundo, cobrando porta por porta Tarda, tarda, tarda, mas não falha Aqui está presente a juventude do Araguaia [Refrão: Isadora Bueno] Eu não sou daqui (oh, maloqueiro só) Eu não tenho amor (oh, maloqueiro só) Sou periferia (oh, maloqueiro só) Sou trabalhador (oh, maloqueiro só) Oh, maloqueiro, maloqueiro (oh, maloqueiro só) E quem disse no caximbá (oh, maloqueiro só) Vários maluco já subiu (oh, maloqueiro só) Você também vai se ferrar [Verso 3: Aliado G] Licença aqui, capitão, pra eu chegar no balanço Também sou maloqueiro, vim pra entoar meu canto É no balanço das ondas, na batida do rap Rimador marinheiro e também cabra da peste Arre égua, mas que diabo é isso? Na casa grande é o abalo, na senzala é o bicho Enquanto a gota serena não secar no terreiro Vai juntando essas erva e faz um chá pros guerreiro Os verdadeiros herdeiros dos nagô, dos banto No império cangaceiro, Lampião coristou Os descendentes recentes das tribos sobreviventes Os portadores da fé em honra dos meu pajé O fuzilando na rima, aliviando o estresse Tô ligeiro na pista igual Camaro SS Moisés do Sinai desceu com as tábuas do Pai Que nos deu o seu filho Cês preferiu Barrabás? Seja forte, sagaz, a injustiça é de mais Não de hoje, doidão, dos tempos dos ancestrais Eu quero vim então pra que? Se pra ter, tem que ser Se eu não sou, não vou ter Se eu não ter, não vou ser Tá posta a equação, o teorema, a escrita Quanto custa ser feliz? Quanto vale uma vida? Ferrari, Channel, Chandon no motel Uma Santa Fé na garagem ou uma Bíblia pra ir pro céu? Ostentação tá na moda, cla**e média adora A elite aplaude enquanto o crime devora Ma**a de excluído, querendo ser inserido Vai sendo consumido, bem-vindo ao capitalismo Minha bandeira vermelha não deixo de hastear Meu martelo, minha foice não deixo de ostentar Nascido em Santa Fé, criado em Hortolândia A única cidade onde o Alckmin não ganha Tarda, tarda, tarda, mas não falha Aqui está presente a juventude do Araguaia [Refrão: Isadora Bueno] Eu não sou daqui (oh, maloqueiro só) Eu não tenho amor (oh, maloqueiro só) Sou periferia (oh, maloqueiro só) Sou trabalhador (oh, maloqueiro só) Oh maloqueiro, maloqueiro (oh, maloqueiro só) E quem disse no caximbá (oh, maloqueiro só) Vários maluco já subiu (oh, maloqueiro só) Você também vai se ferrar [Ponte (x2)] Lá vem, lá vem a repressão Vestida de cinza, chicote na mão