[Verso 1: Douglas] Só sangue bom, só sangue bom, só sangue bom Vou tá abalando o cenário no ar, no ar, mas que não sirvo pra rimar Eu vim pra transformar atmosfera e o ar Fazer o chão tremer e a poeira levantar Que é pros cu saber que eu vim pra incomodar Pra denunciar toda essa merda que tá aí Pra, pra atirar se for preciso eu tô afim Tô no jogo, tô aqui, tô disposto, louco, nervoso, periculoso Explodo todo sonho de quem tá no topo, elite nos dá nojo Maquiavélico, sanguinário na rima de novo Ainda é pouco, então escuta só Com uma granada e uma bomba transformo em pó Quem me ignora, he, ou quem te enforca, he Com a caneta e o cinismo te explora, pois é Como é que é? É agressivo de verdade Aqui o verbo, na real, é crueldade Eu tô envolvido com a banca, minha família Vai, vai, quadrilha do interior paulista [Refrão x2] Aqui é banca, banca interior paulista Banca, banca, interior paulista Banca, banca, interior paulista Aqui a censura e a mídia se intimidam [Verso 2: Mano ED] Clá, clá, clá, clá, clá, tô no apetite pra rimar Microfone, venha cá, bota grave nessa porra que o bicho vai pegar Nasci, cresci e vou morrer a**im Eu corro pelo certo, aí, nóia, sai de perto Vulgo Mano ED, eu tô de olho aberto A roupa larga que o rap aderiu, mas alguém se iludiu Pensou que colocando, respeito teria dos manos Seu palhaço idiota, se liga o barato não é moda Atitude e respeito, bom malandro traz no peito Agradeço a meu irmão pela inspiração Maluco sangue bom, aí, mó satisfação Respeito a capital, só que aqui é tudo igual O rap predomina, atitude tá na rima Aqui é banca, banca interior paulista Banca interior paulista [Refrão x2] Aqui é banca, banca interior paulista Banca, banca, interior paulista Banca, banca, interior paulista Aqui a censura e a mídia se intimidam [Verso 3: Keno] Entrei em cena, inimigo trema Ha, vou acionar minha voz, Keno está no ar Som de ladrão, faz tremer o chão Acelera o coração, abala a função Então, Deus deu o dom, o rap é uma unção Porém minha missão vai a letra e a interpretação O interior paulista representa periferia Seja aqui ou lá, eu sei, Senhor, Tu és a luz divina Que me guia, que sempre me ilumina Para apontar o caminho certo para os manos nesse dia a dia Porque viver aqui é sempre um sonho Tem que sobreviver contra o sistema e o demônio Hãm, seja nas celas, nos becos, nas vielas A justiça aqui é cega, mas a rima te liberta Na terra sem lei, lutar contra o sistema, veja bem Entre o mal e bom, seja um guerreiro, amém [Refrão x2] Aqui é banca, banca interior paulista Banca, banca, interior paulista Banca, banca, interior paulista Aqui a censura e a mídia se intimidam [Verso 4: Aliado G] Eu vou, eu vou, viajando no vapor porque a luz já se acabou O presidente apagou, mas, aí, não me parou Meu trem não sai do trilho, sou Aliado G, doutorado em raciocínio Locomotiva da rima, que chegou e pa**ou por cima Do cuzão que um dia já desacreditou Agora não tem dotô, não adianta por gelo Não há nada no mundo dor que cure de cotovelo Eu vou aproveitar pra agradece o povo que sempre me escutou Aí, vai um salve pra minas, moro? Um salve pros patrícios, afinal já faz um tempo Já são um, dois, três, quatro discos É, e a**im eu vou, represento o terror dos 300 picaretas com anel de doutor Mamãe, quando eu crescer eu não vou ser anão Não vou roubar, renunciar e voltar na próxima eleição Traidor eu não sou não, muito menos embalista Dezessete anos na fila, mesmo a**im eu sou santista Vou mandar pra quem tá ouvindo porque não sou de fazer lista Aqui é banca, banca interior paulista [Refrão x4] Aqui é banca, banca interior paulista Banca, banca, interior paulista Banca, banca, interior paulista Aqui a censura e a mídia se intimidam