Face Cruel - A Banca Canta lyrics

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Face Cruel - A Banca Canta lyrics

[Verso 1] Tem uns barato diferente, truta Tem uns patrício que me fazem parar pra pensar, raciocinar Ficar meio cabreiro, observar do último ao primeiro Então vai vendo, vejo no Audi A4, com topete no cabelo e uma mina do lado Tipo a Xuxa, tipo a Feiticeira, tipo a Angélica Haha, hoje é s**ta-feira, maria gasolina e chuteira é má Tem uns malucos, calça no rabo, eu tô ligado Que paga um pau, enfim, que se interessa (Por quem?) Pelas vacas loiras, que se entrega Que aparece nas festas emperiquitadas Ti-ti-ti, blá-blá-blá, conversa fiada Enquanto o lock do Audi se cagueta Que a família tem apartamento, casa e terra Pros filhos, pros netos, até pros bisnetos Tô enxergando no olhar o golpe correto pra cima do boy que não tem malícia Educação requintada de primeira linha, tudo grã-fino, tudo enjoado Sente nojo da favela e dos barracos Nem imagina que a loira mora lá Que gasta o seu salário de doméstica pra se maquiar Toda imagem, toda pose, ao mesmo tempo que a família quase pa**a fome É de morrer de rir, haha, dá um tempo, logo mais vou prosseguir [Refrão x2] A banca canta, favela balança Playboy se incomoda, se espanta O rap espalha informação feito praga Favela não é conto de fadas [Verso 2] Boom, pá, chegando pra firmar, fuzileiro da rima, terrorista da escrita Levada que hipnotiza, a**im, na embolada ou na esticada, chicote estrala A ideia é forte, já constou do sul ao norte, também de leste a oeste Balancei todo Brasil, já tô chegando em Budapeste Versão 2001, turbinado, na febre, vem fazer o teste Playboy forgado, nesse mundo a pior peste, ninguém se esquece É o pico do ridículo: filho de juiz, em praça pública, queimando índio Tirando onda aí, me deixa irado Eu quero ver se tirar onda com a doze enfiada no rabo Aí não vai mais dá pra você rebolar nas boates de elite de roupinha toda chique Blá, me dá nojo sua trupe, mas o rap é minha granada Eu vou explodir o country club, acabar com o glub glub, vou implantar o terror Vim pra provar que pobre não é inferior Tenho ideia pra trocar com sociólogo e pá Jornalista, cientista, traficante ou prostituta Escrevo não pensando em mim, me preocupo é com quem escuta Uma pá de CD gravado, mas não abandona os trutas A elitizinha é o contrário: só enxerga o próprio rabo Aí, cla**e de otário, bando de arrombados, seu tempo tá contado Cê pensa bem que é melhor sair fincado Se liga boy, dá linha no [?] E se muda pra Miami, que não faz falta pra nós Antes que seja tarde, covarde, cuzão Antes que o hip-hop, o MST toque em todo coração Que acenda em todo pobre a chama da revolução Então, haha, quero tá lá pra ajudar a te fuzilar no paredão Quero tá lá pra ajudar a te fuzilar no paredão [Refrão x2] A banca canta, favela balança Playboy se incomoda, se espanta O rap espalha informação feito praga Favela não é conto de fadas [Verso 3] Mas que bonito, sorriso é perfeito Cabelo bem tratado, com cara de modelo Toda empinada com o rabo lá em cima Cheia de graça, ela pa**a, desfila Esnobo os malucos do bairro, os colegas de infância Os manos sem carro, as minas de trança Eu não me iludo com a senhorita que adora ser chamada de patricinha Com celular enganchado no bolso, ha, daqueles que parece um tijolo, haha E as gírias você tem que escutar: é [?], não sei quem tem, não se que lá É piercing no umbigo, na sobrancelha, piercing no nariz, piercing na buce... Deixa quieto, deixa quieto, eu vou pa**ar batido É que tem uns bagulhos que é ridículo demais Rapaz, você ri e eu recordo Esculachar os boys é coisa que eu mais adoro Olha lá o estilo daquele figura É como meu pai fala sempre: é falta de surra É falta de tomar um coro de corda Você é pobre, zé roela, acorda! Tem uns outros que já são mais complicados Eu já vi caso de maluco alugando carro pra pagar de playboy no Guarujá Se exibir no shopping pra impressionar No Terra Brasil com o salário do mês inteiro Sem luz, sem água no chuveiro Servente de pedreiro, peão de construção ou, se pá, faxineiro, né não? Quer ser mais um gatinho da moda Quer chamar atenção dos idiotas, haha É de morrer de rir, então a fita é essa daqui [Refrão x2] A banca canta, favela balança Playboy se incomoda, se espanta O rap espalha informação feito praga Favela não é conto de fadas [Outro] "Nenhum playboy paga pau vai..."