Erick 12 - TREZENTO$E$E$$ENTAGRAU$DEDE$TRUIÇÃO lyrics

[Verso 1: Don Pacheco] Quem fala é Pacheco “Ódio Na Fala” Preto pra vida das ruas fodidas, XVTS, é beco, viela É palco do meu teatro, da minha maldita novela Só que existe uma diferença, não sou o ator O sangue que jorra é sangue de verdade, não é de mentira a dor O último capítulo da história é quando o coração pára de bater Não tem reprise, não tem ibope, não vale a pena rever Noiado vagando, perambulando pela madrugada feito alma penada Uma pá de bocada, maldade espalhada a cada esquina, por toda quebrada Aqui todo mundo já tá preparado pra matar, pra dar tiro Todo mundo já tá ligado como ser mocinho ou bandido A molecada que vê o traficante como herói Com o seu trono de crack e farinha que mata, destrói, corrói Diferença entre o preto e o branco aqui não tá só na cor “Isabel”, “Chapolim”, tem outro significado aí, ganhou, flagrou? Corrente de ouro por fora da camisa, de agasalho Ouvindo Jorge Ben bem no talo, com seu carro, irmão Quem é esse mano que a putaiada paga um pau? Que cata a piranha que quiser, só abrir a porta, é foda é mau Vê meus manos na ilusão de ser como ele Ter Opala, puta, Glock, grana, não pa**a de um lock demente Dando mancada com uma pá de mano, dando entrada pra tomar uns tiro Sujeito a cair na armadilha daquele que mata e você sabe disso Enquanto isso, vou levando a vida através da rima, meu irmão Nesses Trezento$e$e$$entagrau$dede$truição! Ladrão... [Verso 2: Erick12] Erick12, tô aqui não é de hoje, vindo pra somar Sem essa de pose, com meu microfone, insisto em provar Que periferia é periferia em qualquer lugar Das quebradas de S.A. até o Jaraguá é foda Treta, tiro, droga, sempre a mema história 7 palmos abaixo do chão, sem perdão, velório, mãe que chora Infelizmente é rap violento, porque esse é o nosso dia-a-dia Trezento$e$e$$entagrau$dede$truição, F.A.$ te avisa É a única vida, não tem revista com truque Vai ser “Game Over” pro jogo da periferia, me escute Nós tamo se matando, mano contra mano, mó veneno Deus, olhe pro povo brasileiro Penso na Dona Ana, mulher forte que batalha pela suas filhas Penso na minha mina, não quero ter que meter os cano pela nossa família Ingrediente suficiente pra criar bandido Mas sou sujeito homem, não vou dar motivo Pra ser algemado, jogado, espancado dentro de um camburão Aumentando a**im o número de mano na detenção Ou então o próximo cadáver a caminho do IML Abatido pela polícia, apenas mais um na série Ou mais um na lista de criminoso morto no mês Então, aí ladrão, qual que é? É sua vez de escolher Se você vem comigo ou não Nesses Trezento$e$e$$entagrau$dede$truição! [Verso 3: Eazy Kaos] Eazy Kaos poeta genocida (Ahn-Hann), preto pra vida (Ahn-Hann) Nova escola, lado sul, parte homicida (Ahn-Hann) Extra, extra, guerra na favela, tiroteio, correria, sangue na viela Tô naquela, mas é a merda dessa pedra que enterra vários manos embaixo da terra Caixa D'água, essa é minha área, Vila Império, minha quebrada Na Soares, não esqueço da Conchas, tá o Fabinho, também tá o Raça Rua D, Itararé, Habib, qual que é? No Naíde, no Zaíra, só malandro fica em pé Na Mingóia mataram mais um nóia lá na fossa, foi aquilo, você sabe como é Os mano tão ligado, no Buraco do Sapo, de noite é embaçado LC, meu aliado, na Afonso, Alê 8º Pecado Do berço ao cemitério sei que a morte tá por perto, então, malandro fica esperto, pois eu tô falando sério Isso aqui é meu inferno, o sofrimento aqui é eterno, ser feliz é um mistério, não existe um ser fraterno Espero, quero um mundo melhor, sem polícia, sem miséria, sem os mano na pior A carreira do viciado se acabando na carreira do pó Só permanece aqui aquele que sente que tem que ir, sem cair, sem mentir, sem trair Evoluir, prosseguir, impedir seu próprio fim e a**im Você garante sua vida e adia sua morte Ligeiro no sistema genocida que te ensina a se foder e se largar na mão da sorte Olho prum lado, olho prum outro, só vejo morte, só vejo pipoco Periferia, lei do silêncio, é cada um por si e Deus por todos Tô vendo que só Ele mesmo pode nos salvar do ma**acre Parte pro ataque, combate ao crack Antes que te mate, pois aqui não tem apelação Nesses Trezento$e$e$$entagrau$dede$truição!