Eduardo - O Locutor do Inferno - Banco dos Réus lyrics

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Eduardo - O Locutor do Inferno - Banco dos Réus lyrics

[Verso 1] Até que enfim boa notícia do advogado Depois de 2 anos de CDP meu julgamento foi marcado Pelo Conselho Nacional de Justiça Tinha que ter tido uma audiência em 90 dias Sem um Golf no nome pra fazer permuta Fiquei refém da inoperância da Defensoria Pública Os 1200 reais pelo meu caso Não motivaram o porta de cadeia nomeado Tô num 121 de um cagueta que perdeu os olhos Sou inocente, mas uma denúncia me envolveu no óbito Onde a**inam 33 por dinheiro trocado Favelado é culpado até provado o contrário Chego no fórum da Barra Funda quase inconsciente Pelas sessões de espancamento feita pelos agentes Propositalmente to de calça bege e algema Pra gerar no júri influência, tendência à sentença Sento num banco na arena com 2 PM do lado Aqui sou material didático pra estagiário Vejo nos sete jurados com ar finlandês O ódio de cla**e pulsante do ideário burguês Excluído não é ser humano num tribunal É só a personificação de uma ficha criminal Não existe deusa Justitia de olhos vendados A minha chance é a de um Tutsi em Ruanda em 94 [Refrão (x4)] Pobre no banco dos réus é ração pro Estado Só um milagre evita meu nome no rol dos condenados [Verso 2] Me sinto num ritual de evocação de espíritos Vejo Ted Bundy, Charles Manson, Andrei Chikatilo Zodíaco, Ed Gein, Vasili Komaroff E organizando a festa Pedro Alonso López A testemunha de acusação é forjada O safado tá me entregando na delação premiada Sou outro dos 50 mil acusados de a**a**inato Que o MP ofereceu denúncia de sorriso estampado A commodity do mercado sem nenhum valor Que a partir de agora vai ser degolada pelo promotor Duas horas de veneno da língua peçonhenta E já quero enforcá-lo com a corda da sua vestimenta Queria ver sua coragem e ar de superioridade No alto do morro na conferência do debate Sem nenhum conhecimento sobre direito Cada jurado julga conforme seus preconceitos Me condenam pela condição de favelado Pelas pa**agens e feição comum do retrato falado O princípio do contraditório e da ampla defesa Não é direito dos que a**ombram a máfia burguesa A meta das nova Corte de Pilatos É sacrificar quem não pode comprar recurso milionário A má vontade na hora do defensor me fez entender Porque eles surgem enrolados em tapetes no Tietê [Refrão (x4)] Pobre no banco dos réus é ração pro Estado Só um milagre evita meu nome no rol dos condenados [Verso 3] O juiz que vê no Google Maps bolsão de miséria Não tem moral pra condenar um da favela Pelos 44% sem julgamento no sistema Os magistrados mereciam Guantánamo como pena O preso que esfaqueia o carcereiro na vesícula É o que roubaram o direito da colônia agrícola Transformar vítima em algoz é tática do Depen Esse é um dado omitido pelo Infopen Se por milagre no final for absolvido Devia ficar com o nome limpo e ser ressarcido Não podia pa**ar batida a distância da família Provocada pelos flagrantes forjados da polícia Os jurados vão pra sala secreta e voltam com o veredicto Sei que é decisão é unânime, "tô fodido" Sem piedade, culpado, sádico dosa o castigo Não se importa com a minha mulher na platéia a**istindo Seu sofrimento é alimento pro cuzão Que sentencia 25 de condenação Conseguiram mais uma senhora com droga moquiada Pro marido preso fazer moeda pra cesta básica Ampliaram a chance de C4 na Ataliba Leonel Mandar funcionário do SAP em pedaços pro céu O país que faz do judiciário instrumento de vingança Merece lágrimas por trás das lentes Dolce Gabana