Edi Rock - Rapaz Comum lyrics

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Edi Rock - Rapaz Comum lyrics

[Intro] [Verso 1: Edi Rock (Ice Blue)] Parece que alguém está me carregando perto do chão Parece um sonho, parece uma ilusão A agonia, o desespero toma conta de mim Algo no ar me diz que é muito ruim Meu sangue quente, não sinto dor A mão dormente não sente o próprio suor Meu raciocínio fica meio devagar Quem me fodeu? Eu tô tentando me lembrar Cresceu o movimento ao meu redor Meu Deus! Eu não sei mais o que é pior Mentir a vida toda pra si mesmo Ou continuar e insistir no mesmo erro Me lembro de um fulano: (Mata esse mano!) Será que errar dessa forma é humano? Errar a vida inteira é muito fácil Pra sobreviver aqui tem que ser mágico Me lembro de várias coisas ao mesmo tempo Como se eu estivesse perdendo tempo (A ironia da vida é foda!) Que valor tem? Quanto valor tem? Uma vida vale muito, vim saber só agora Deitado aqui e os manos na paz, tudo lá fora Puxando ferro ou talvez batendo uma bola (Pode crer, Deve tá mó lua da hora) Tem alguém me chamando, quem é? Apertando minha mão, tem voz de mulher O choro a faz engolir as palavras Um lenço que enxuga meu suor enxuga suas próprias lágrimas No rosto de uma mãe que reza baixinho Que nunca me deixou faltar, ficar sozinho Me ensinou o caminho desde criança Minha infância, mais uma eu guardo na lembrança Na esperança da periferia eu sou mais um [Refrão: Edi Rock (Sample)] (Clip, clap, bum!) Rapaz comum (Clip, clap, bum!) (A lei da selva é a**im) (Clip, clap, bum!) Rapaz comum (A lei da selva é a**im) (Clip, clap, bum!) (Predatória) Rapaz comum (Preserve a sua glória!) (2x) [Verso 2: Edi Rock (Ice Blue)] Queria atrasar o meu relógio Pra mim vale muito um minuto a mais de ódio Mas me sinto fraco, indefeso, desprotegido Eu vou mais alto, cusão! Pra te levar comigo! Vou ser um encosto na sua vida Você criou um monstro sem cura, sem alternativa! Me enganar pra quê? Se o fim é virar pó! Fiquei muito pior Segura o seu B.O.! O preto aqui não tem dó! Mais uma vida desperdiçada e é só Uma bala vale por uma vida do meu povo No pente tem quinze, sempre há menos no morro, e então? Quantos manos iguais a mim se foram? Preto, preto, pobre, cuidado, socorro! Quê que pega aqui? Quê que acontece ali? Vejo isso frequentemente, desde moleque Quinze de idade já era o bastante, então Treta no baile, então, tiros de monte! Morte nem se fala! Eu vejo um cara agonizando! (Chame a ambulância! Alguém chame a ambulância!) Depois ficava sabendo na semana Que dois já era Os preto sempre teve fama No jornal, revista e TV se vê Morte aqui é natural, é comum de se ver Caralho! Não quero ter que achar normal Ver um mano meu coberto com jornal! É mal, Cotidiano suicida! Quem entra tem pa**agem só pra ida! Me diga, me diga: que adianto isso faz? Me diga, me diga: que vantagem isso traz? Então, a fronteira entre o Céu e o Inferno tá na sua mão Nove milímetros de ferro Cusão! Otário! Que porra é você? Olha no espelho e tenta entender A arma é uma isca pra fisgar Você não é polícia pra matar! É como uma bola de neve Morre um, dois, três, quatro Morre mais um em breve Sinto na pele, me vejo entrando em cena Tomando tiro igual filme de cinema [Refrão] [Verso 3: Edi Rock] Minha idéia tá clareando Eu fico atacado, mó neurose, o tempo tá esgotando Não quero admitir, meus olhos vão abrir Vou chorar, vou sorrir, vou me despedir Não quero admitir que sou mais um Infelizmente é a**im, aqui é comum Um corpo a mais no necrotério, é sério Um preto a mais no cemitério, é sério Eu tô me vendo agora e é difícil Minha família, meus manos, no centro um crucifixo Meus filhos olhando sem entender o porquê Se eu pudesse falar talvez iriam saber Não acredito que esse mano veio até aqui! Me matou, quer certeza e quer conferir Me acompanham até a sepultura Vejo um tumulto no caixão. Hã! E alguém segura! Mais uma mãe que não se conforma Perder um filho dessa forma é foda Quem se conforma? Como eu podia imaginar no velório de outras pessoas Hoje estou no lugar No buraco desce o meu caixão Jogam terra, flores, se despedem na última oração Tão me chamando, meu tempo acabou Não sei pra onde ir! Não sei pra onde vou! Qual que é? Qual que é? O quê que eu vou ser? Talvez um anjo de guarda pra te proteger Não sou o último nem muito menos o primeiro A lei da selva é uma merda e você é o herdeiro!