Chegada a hora da partida Uma estranha sensação circunda e na barriga se embrulha Sem palavras pra explicar A sutil mudança de ares Não é algo dito, mas quase se faz ver O próximo momento descortinando o pôr do sol no breu Alumiado apenas pela lua e os teus olhos Os pa**os pra dentro do desconhecido dilatam suas pupilas Pra que sinta melhor (se permita) O que não se pode enxergar nem de óculos, nem de luneta O mapa não esta no papel (não é apologia) A cada pa**o firmado deixa pra trás as incertezas Daquilo que na tua história te atormenta Por não ser perdão, nem culpa a dor que alimenta sua sofreguidão Não há medo que não te proteja Dos seus instintos mais libertários Saber até onde sua mente vai na escala Richter, é ousado Mas quando continuamos trazendo à tona Nossos fantasmas em nossas culturas de usos coletivos, é perigoso Pois diferentes das culturas milenares Que encontram na alteração da consciência, não seus medos Mas alimento pra sonhar com a construção de suas embarcações Libertando seus sentimentos e ampliando seus horizontes... Nós mesmos refugiados Somos traídos pelo nosso inconsciente Trazendo à tona nas nossas reações e trejeitos As raízes dessa sociedade doente Mas a busca é pra dentro Quando o tempo parece não pa**ar Se conectar com o instinto mais primitivo Entre minhas pernas a porta de entrada da vida Ventre escuro, berço das sementes como a terra Acendendo a chama da intuição pra guiar como bússola Os piratas desses mares imprevisíveis Não só atrás de Rum, mas do nosso próprio destino Na certeza que nossa jornada é pequena Diante do mistério desse planeta!