[Verso 1: Dr. Caligari] Eu vejo claro e escuro quando olho pra fora Branco e flashes da minha memória sempre aflora Do caos atento tesoura do meu jardim que vigora Minha visão que explora o que sai de dentro pra fora O cinza da noite ao azul do dia é só um holofote A luz vermelha da lanterna é laranja do poste A luz se apaga, apaga o que não quero guardar Cada um tem sua janela, sua maneira de enxergar Visão em chama, paisagem em mancha A cor se borra e toda nuvem negra se desmancha Como o pingo de chuva é feito a gota de sangue Molha a minha tumba e desperta toda gangue Isso é avalanche, até o sol sumiu Quem tá embaixo caiu, quem tá olhando já fugiu A noite surgiu, puta que pariu, Caligari e Dario O vento bateu a**im que abomba explodiu [Refrão: Dr. Caligari] Minha janela não é quadrada nessa fachada Por isso que enxergo tudo de forma redonda A cena aqui me chega toda forjada É pra você camarada que nunca saca a ronda (2X) [Verso 2: Dr. Caligari] Da janela tudo destruído, povo iludido Não sabe quem é o mocinho e quem é o bandido Me julgam como estou vestido, como tenho vivido Mas ninguém quer saber o que eu tenho ouvido E o primeiro impacto é o tiro letal Mexe com o sistema cerebral, visão três-meia-zero grau Pra maioria não é normal o avesso do tradicional É quando uns colabora e outros sempre falam mal Foda-se se eu falo da janela o que já é claro Se vem tempestade eu encaro Como se fosse a guerra eu disparo Vai enxergar no escuro se não vai te custar caro Meu caro, não renegue a ida Deixe a janela aberta pra enfeitar a vida Assim se apegue a sua vinda, propósito, etapa cumprida Porque se a janela é fechada: morte ou despedida [Refrão: Dr. Caligari] Minha janela não é quadrada nessa fachada Por isso que enxergo tudo de forma redonda A cena aqui me chega toda forjada É pra você camarada que nunca saca a ronda (2X)