Tudo é tão miserável Quando passamos a mentir Para sustentar mentiras... E já não podemos fingir Não estar tão frustrados com o que temos E por estarmos a tanto tempo aqui Daqui de cima não há nada para enxergar Foi tudo em vão, eu sei... O suór seco pelo vento Agora a quem culpar por ver Tantas rugas no espelho Ossos magros nos joelhos E nenhum troféu quando vencemos? Se ficar aqui não vão te ver chorar E quem sabe possa ter sorte Ao contar as promessas Que entupiam seus bolsos... Placebo para alimentar as traças O bispo quebra minhas dеfesas E os peões não podеm mais impedir O olhar de medusa de tuas torres A rainha feita pedra Esquece de sua vida... Tão perdida quanto infeliz Então não diz pra mim que tudo vai passar É só o inferno, eu sei... O suór seco pelo vento Juras de amor comendo a língua Diz então que beijarias Minha boca cheia de formigas Agora que é isto e mais nada...