D/C - O Poeta Pobre lyrics

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D/C - O Poeta Pobre lyrics

[Verso 1: JV] Que banco de praça esquisito! Repito, esquisita a desgraça a qual ganho a vida! Eu com meu capuz preto, olhando o coreto Com o gueto na linha, sem estátua minha! Eu-lírico rico, relógio de cobre! E antes que sobre lembrança eu escrevo! Eu pago o que devo, um poeta é tão pobre Um poeta é tão pobre, o poeta é tão nobre! Minha túnica no chão, uma única razão: Poesia, poesia, poesia, noite e dia Cego na intuição, só vejo meu coração Que me manda escrever até que sangre minha mão! Minha mente diz que não! mas meu peito clama Minha mente mente em vão, daquele jeito, a rua chama A mente mente muito, mas não mente só pra mim No fim lembro do começo, e não mereço apenas fama [Refrão: DC] O poeta é pobre jão Mas rico de coração Sua alma nasceu flor Mesmo em meio ao lixão Por loucura e por amor Fez sua própria opção Preferiu morrer pela vida Que viver sem razão [Verso 2: Neph] Dinheiro não vejo a cor, mesmo na correria Pecador que sofre todo santo dia. Prato cheio pra Falador e eu com a barriga vazia, mas que não me falte amor Muito menos poesia. Paciência e sabedoria, mesmo Cansado, estabeleci minha meta: Permaneço calado De olho fechado mas alerta, já fui esquecido antes de Ser poeta, agora eu só posso ser lembrado Nesse quadro, pinto meu auto retrato, pobreza e anonimato Farto desse vazio que me consome, então, escute esse relato O sonho barato de mais um poeta sem sobrenome. Sozinho e com fome Ainda bem que posso viver meu sonho, é de graça. E quando Questionarem se eu vivo a rua, pergunta pra minha estátua na praça [Refrão: DC] O poeta é pobre jão Mas rico de coração Sua alma nasceu flor Mesmo em meio ao lixão Por loucura e por amor Fez sua própria opção Preferiu morrer pela vida Que viver sem razão