Norberto de Araujo / João Black Não é desgraça ser pobre Não é desgraça ser louca: Desgraça é trazer o fado No coração e na boca Nesta vida desvairada Ser feliz é coisa pouca Se as loucas não sentem nada Não é desgraça ser louca Ao nascer trouxe uma estrela; Nela o destino traçado Não foi desgraça trazé-la: Desgraça é trazer o fado Desgraça é andar a gente De tanto cantar, já rouca E o fado, teimosamente No coração e na boca