Dou-te com a mão pesada, Quando é carinho ou quando é castigo Olho de cara lavada Quando te digo que sou perigo Eu só tenho uma palavra Dita na tua cara, clara como água Eu agarro, eu não abraço, Dás o dedo, quero o braço Rosa dos ventos no cabelo, estrela polar ao peito Porte de mulher do norte, forte, ar de respeito Jeito de quem traça a eito, comanda a valsa, Feito de ter graça, raça é o conceito Manda na praça e não disfarça que é rainha altiva Menina matriarca marca de cidade-diva Busto de granito esculpido no fio da navalha Curto é o pavio em rastilho, f*gulha brava! (M7) Quem é que encanta com o sorriso de catraia Tem mão na anca, se preciso roda a saia Laia levada da breca, senão te curte é direta Não consegue pôr cara de quem recebe uma caneca Se o homem não se comporta, troca o canhão da porta E depois sai louca pra beijar na boca à carioca Porque tem pêlo na venta, Kahlo como a Frida Na vida, não se lamenta, aguenta de cabeça erguida. Dou-te com a mão pesada, Quando é carinho ou quando é castigo Olho de cara lavada Quando te digo que sou perigo Eu só tenho uma palavra Dita na tua cara, clara como água Eu agarro, eu não abraço, Dás o dedo, quero o braço A prosa que enfeitiça, maga manha que conquista Dengosa sem preguiça, atiça a cobiça à vista Tem alma cigana, cigarra atarefada Sem calma comanda a cidade à desgarrada. Dou-te com a mão pesada, Quando é carinho ou quando é castigo Olho de cara lavada Quando te digo que sou perigo Eu só tenho uma palavra Dita na tua cara, clara como água Eu agarro, eu não abraço, Dás o dedo, quero o braço Guerreira, arregaça as mangas e chega onde quer Veio mudar por estas bandas, o conceito de Mulher Antes só a fumar charros na banheira Que ficar a ganhar pó, com dó de si na prateleira Tripeira, com muito orgulho, tripa por qualquer bagulho Evita dizer "tem calma!", senão a**umes barulho Quando ama é por inteiro, ergue à volta uma muralha Mas pensa nela primeiro, não se fica por migalha. Para onde aponta a bússola, é o azimute Para quando a afronta é explicita, é atitude Não iludo trago música translúcida no clube O zumbido ao teu ouvido é o efeito da altitude Grito sou guerreira, desnorteio, sou nortenha E impero porque carrego o meu sonho convicta Tripo, sou tripeira, de ferro sou ferrenha E não nego que mantenho o meu trono invicta! Dou-te com a mão pesada, Quando é carinho ou quando é castigo Olho de cara lavada Quando te digo que sou perigo Eu só tenho uma palavra Dita na tua cara, clara como água Eu agarro, eu não abraço, Dás o dedo, quero o braço