[Verso 1] Segunda é dia de branco Vou arrastar meu tamanco Quem não tem dinheiro em banco Madruga e Deus não ajuda [Verso 2] Sexta-feira eu dou o arranco No sábado aguento o tranco Chega no domingo estanco Na segunda tudo muda [Verso 3] Digo isso com alegria Não vejo o nascer do dia Mas pela Virgem Maria Tenho dinheiro e patrão [Verso 4] Eu mesmo sou mei galego O meu chefe no emprego É que é mulato pra nego: Só ecos da escravidão [Verso 5] Se conhece pela bunda Pela tristeza profunda Mas é só dele a segunda Eu foi que herdei a senzala [Verso 6] Mas agora a minha sala Tem geladeira de gala À dele quase se iguala Muda o mundo em barafunda [Verso 7] Vou arrastar meu tamanco Que amanhã volto à peleja Quem não me mata me beija Mas ninguém morre de inveja [Verso 8] Essa é a última cerveja Bendigo quem vai à igreja Quem não vai, louvado seja Segunda é dia de branco